segunda-feira, 11 de maio de 2009

Revolutionary Life Road


Esse fim de semana foi só água por aqui, choveu tanto que mal conseguimos ver a luz do dia e as luzes daqui de casa permaneceram ligadas praticamente o dia todo, as ruas viraram rios e ficamos ilhados, solução: vamos aos filmes rss..Tivemos uma dobradinha, não de atores ou diretores como costumam fazer nos canais fechados, mas de tema: Marley e eu e Revolutionary Road. Dois bons filmes, que tratam da mesma questão só que com visões totalmente opostas e finais completamente antagonônicos.O tema? Bom, estamos na casa dos 30, com casa, filha, trabalho e buscas e esse é o tema! Engraçado que quando conversava com Léo, tínhamos a impressão de apenas nós vivermos a "crise dos 30", mas me parece que ela é mais comum do que se imagina. Os filmes estam aí pra provar, um ficção, outro baseado nas experiências de um cara que virou best-seller.
Me identifiquei e muito com os dois filmes, mas prefiro acreditar que minha vida seja mais suave e intensa como a dos personagens de Marley e eu. Planejar desde pequena cada passo da minha, ir caminhando e de repente descobrir que os planos de outrora sofreram modificações, chegando ao ponto de olhar pra traz e pensar: Peraí! Mas esse não era o caminho! Cadê o mapa que fiz?! E descobrir que esse mapa nunca existiu, apenas em minha cabeça. Descobrir agora que não sou tão especial como pensava, que não serei eu a não seguir os padrões pré-estabelecidos, que me enocntro vivendo uma vida que há 15 anos nunca imaginaria viver e nunca fizeram parte dos meus planos. Mas, peraí! Onde está a diferença então?
Aha! A diferença está justamente aí! Olhar pro espelho e não reconhecer a pessoa que está do outro lado e saber o que fazer com ela é justamente a semelhante diferença! A trama do Revolutionary... é densa, drástica, pesada...calma, não se preocupe, sem spoillers! rss.. Colocar a culpa da sua frustração no companheiro, na casa, no lugar, nos filhos ou até na carreira fracassada é muito cômodo, e fácil, mesmo que esse caminho não leve a lugar nenhum.Eu fico com o pensamento dos donos do Marley: Essa é a minha vida! Cheguei até aqui, como não sei e nem quero saber, mas quero viver intensamente cada segundo do que essa vida tem pra me oferecer! E no fim olhar tudo ao redor e ver que o que construiu é muito melhor que qualquer plano que poderia ter traçado. Lembro de uma cena onde o personagem encontra um companheiro (de farras e sonhos) e esse amigo está justamente onde eles sempre sonharam estar, no emprego almejado, na cidade almejada, fazendo o que sempre almejou. Ele então mostra a foto de sua grande família e o amigo se surpreende em ver que a esposa continua linda e que já estam com três filhos. Ele fala ao amigo um pouco sobre sua família, com bastante orgulho, se despedem e ao olhar pra trás vê o amigo paquerando na rua como há 10 anos. Nessa hora percebe o quanto é feliz e como tudo que aconteceu em sua vida foi o melhor que poderia ter acontecido, sem planos, sem metas!
Me vejo um pouco nessa situação. Hoje, enxergo tudo que construí, totalmente diferente da planta e projeto inicial e na ordem da minha bagunça me deparo com algo tão maior, tão melhor, que jamais poderia ter sonhado!
Ah! Depois do filme do Marley, Léo (que sempre foi receoso em ter o segundo, quem dirá p terceiro filho), me veio com a idéia de que quer ter três filhos! rss.. Bom, sinal de que estamos em sintonia! KKK

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