De diário virtual a diário de reforma (Como tudo começou)

Durante muito tempo esse espaço ficou em secreto, aqui eu desabafava, estravasava... uma espécie de diário virtual (em tempos modernos caderninhos e lápis perderam a vez), guadadinho a sete chaves, como todo bom diário!

Mas com a mudança de estado, compra do apartamento e sua reforma, os amigos e família (que ficaram todos na terrinha), queriam saber, ver e acompanhar essa boa etapa das nossas vidas e resolvi usar esse espaço para isso, mostrar o dia a dia da pequena reforma que estamos fazendo.

Aqui continuo desabafando, estravasando... mas agora feliz e realizada por poder dividir com vocês a construção do meu jardim!

Ah! Caso deixe um comentário, saiba que amo respondê-los e geralmente o faço no espaço de comentário do próprio post, ok? Caso queira uma resposta mais específica por favor, deixe seu e-mail!
Entrem e fiquem à vontade!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Marchetaria

Quando estávamos para casar e nos vimos desmontando toda a antiga casa de Léo, nos demos conta de que ele não morava numa casa e sim em um museu !! rss Era tanta antiguidade, tanta coisa. De porcelana a móveis, de abotoaduras à troféus, enfim não havia só uma casa com cômodos tomados dessas raridades, como um sótão (não necessariamente um sótão, mas o espaço entre a laje da casa e o telhado) abarrotado!!


Infelizmente íamos morar em um apê minúsculo, em torno de uns 40m², o que nos impossibilitou de guardar peças que naquele momento não nos serviam, mas que com certeza futuramente eu iria me arrepender de ter dado um fim. E aí saímos distribuindo um guarda roupa aqui, um jogo de porcelana ali...
Mas, já praticando o hábito de enxergar potencial naquilo que é dado como velharia, relutei em me desfazer de algumas coisas (que bom!!). Uma poltrona de molas, cristais, fotografias antiquíssimas... Algumas dessas peças ainda estão guardadas esperando a hora certa de brilhar, outras estão sendo usadas esperando a hora de serem restauradas. E hoje vou falar de uma dessas peças que, até mudarmos para nosso apê próprio,  estava guardada no maleiro, sozinha e abandonada: uma caixinha em marchetaria.
Sim, uma caixinha de madeira, toda trabalhada em marchetaria (uma arte que até alguns anos atrás andava esquecida). Era da mãe de Léo e estava um pouco sofrida, a tampa estava bastante arranhada. 
Essa semana resolvi restaurá-la e dar-lhe uma função e lugar de destaque na sala como merecia!
Eis a peça, após lixada (pra tirar os arranhões) e novamente envernizada:


Hoje ela serve para guardar os trocentos carregadores de bateria de celular que ficavam espalhados pela casa. Ah, e o tema da tampa tem tudo a ver com o clima da nossa sala: PRAIA !!


Mas, você pode estar se perguntando: o que vem a ser marchetaria?
Explico: 
Marchetaria é o trabalho em madeira que consiste em incrustar, embutir ou aplicar peças recortadas de madeira, marfim, metal e de outros materiais de diversas cores sobre peça de marcenaria, formando desenhos variados.
A palavra Marchetaria (marquetear, embutir), é de origem francesa. Um dos registros mais antigos sobre essa arte, data aproximadamente no ano 350 a.C., através de trabalhos encontrados em Halicamasso, no Palácio do Rei Mausole. E por toda a história da arte podemos encontrar vários exemplos dessa arte.


Por muitos séculos a Marchetaria centrou-se em Paris, onde André-Charles Boulle, ebanista do Rei Luis XIV, aperfeiçoou essa técnica agregando vários materiais, tais como folhas de cobre, latão, casco de tartaruga, placas de ossos e marfim. Com o passar do tempo, a Marchetaria entrou em uma fase de decadência, mantida por não mais do que uma centena de artista, resurgindo, porém, com o advento da Art Nouveau. Apareceram, então, os motivos estilizados, tais como: flores, pássaros, borboletas e insetos.
Existem na Europa, América do Norte e Austrália muitos ateliês de marchetaria e associações de marcheteiros dispostos a não somente manter as antigas tradições da Arte em Madeira, com refinadas criações artísticas de caráter contemporâneo, mas também a restauração de obras antigas.



Mario Valença

Mario Valença

Art Marchetaria

Oscalino de Asis Filho

artista desconhecido

Celso Abreu

Se você tem uma peça assim, não tenha medo e a coloque pra brilhar na decoração da sua casa! É um charme!


Fontes:
marcheteriaonline.blogspot
http://artemarchetaria.br.tripod.com
http://ateliemariovalenca.blogspot.com
http://artesanatocomhistoria.blogspot.com/

4 comentários:

  1. Pensamentos de um Girassol é muita cultura!! Sempre gostei dessa arte mas não sabia o nome!! bjs amiga

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  2. Uaaaau...Sem dúvida uma bela aula! Os trabalhos são lindos e sua caixinha restaurada ficou ótima, ...Parabéns pelo post e pelo belo trabalho
    bjus

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  3. Oi Prô Cris!!! Ótima aula, agora já sei tudinho sobre o assunto rsrsrsrs, muito linda a caixinha!!

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  4. Meninas rss que bom que gostaram! Tive uma aula sobre o assunto na faculdade certa vez, mas confesso que a pesquisa para o post veio das fontes kkkk

    Mas o saber nunca é demais, né?!
    beijosss

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